Pouco de ti
Não me apetece estar aqui nem noutro lado qualquer porque vá onde vá todos os lugares têm pouco de ti, um sabor amargo que não é nada. E tu não estás lá, em lado nenhum. Passeias dias inteiros nos recantos da minha mente sozinho. Não admira que não te encontre em mais lado nenhum, não a ti.
Vejo-te a cada esquina e reconheco-te sempre que dou um passo, mas não és tu, no fundo tu não estás lá. Se estivesses haveria um olhar nos teus olhos e eu nunca o encontro, falta-te o rosto embora eu saiba que o tens para todos os outros. Não o vejo porém, pois nunca o tens disponível para mim, não estás lá, não porque eu não te veja, mas porque sou invisivel à luz dos teus olhos.
Quem me dera que um dia procurasses o meu olhar timida e insistentemente pousado em ti, quem me dera que os teus olhos pedissem pelos meus como os meus chamam por ti. Mas isso não! Nunca me deste o prazer de me olhares com os teus olhos (aqueles que vivem na alma). Há dias em que passas por mim e dizes “Bom dia” ou outra coisa qualquer, mas são poucos os dias porque em todos eles espero algo de ti (esse olhar!!!) e apenas em alguns me ofereces uma ou duas palavras de aconchego. E divertes-te criando em mim uma esperança inútil e uma satisfação idiota.
Mas nunca me deste o prazer de um olhar. Talvez não saibas que esse olhar é o melhor que tens para oferecer, o melhor presente de todos os presentes, porque reconhece, porque diz-me que não te sou indiferente. Quero o teu olhar mais do que qualquer palavra tua.
Talvez um dia percebas o meu olhar, este olhar tão estupidamente discreto, escondido por quem sabe disfarçar mais do que o que devia. Talvez um dia te encontre dentro do teu olhar, talvez aí encontre um sitio onde queira estar, onde me apeteça viver. Não viver só de “viver” mas Viver, porque embora me mates com a tua ausência, encontro vida em cada pedacinho que te olho.
Vejo-te a cada esquina e reconheco-te sempre que dou um passo, mas não és tu, no fundo tu não estás lá. Se estivesses haveria um olhar nos teus olhos e eu nunca o encontro, falta-te o rosto embora eu saiba que o tens para todos os outros. Não o vejo porém, pois nunca o tens disponível para mim, não estás lá, não porque eu não te veja, mas porque sou invisivel à luz dos teus olhos.
Quem me dera que um dia procurasses o meu olhar timida e insistentemente pousado em ti, quem me dera que os teus olhos pedissem pelos meus como os meus chamam por ti. Mas isso não! Nunca me deste o prazer de me olhares com os teus olhos (aqueles que vivem na alma). Há dias em que passas por mim e dizes “Bom dia” ou outra coisa qualquer, mas são poucos os dias porque em todos eles espero algo de ti (esse olhar!!!) e apenas em alguns me ofereces uma ou duas palavras de aconchego. E divertes-te criando em mim uma esperança inútil e uma satisfação idiota.
Mas nunca me deste o prazer de um olhar. Talvez não saibas que esse olhar é o melhor que tens para oferecer, o melhor presente de todos os presentes, porque reconhece, porque diz-me que não te sou indiferente. Quero o teu olhar mais do que qualquer palavra tua.
Talvez um dia percebas o meu olhar, este olhar tão estupidamente discreto, escondido por quem sabe disfarçar mais do que o que devia. Talvez um dia te encontre dentro do teu olhar, talvez aí encontre um sitio onde queira estar, onde me apeteça viver. Não viver só de “viver” mas Viver, porque embora me mates com a tua ausência, encontro vida em cada pedacinho que te olho.
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Finalmente um texto que saiu como eu queria. Comentem!!!